sexta-feira, 18 de abril de 2008

Era uma vez...

Era uma vez, (super clichê) um castelo (mais clichê ainda). Esse castelo era lindo, majestoso, bem cuidado, construído por sílfides cujo maior sonho era viver perto da terra. Voar tão alto não trazia nenhum prazer, quando observavam as formiguinhas correndo felizes atrás de comida. O castelo abrigava uma família de humanos, e tanto o rei como a rainha eram amigos dos elementais, isso incluindo os sereianos e os gnomos.

Como era feliz, a vida naquele reino. Todos viviam em harmonia, cantavam belíssimas canções, dançavam a noite toda, e o faziam sem preconceito. Porém, essa paz que a todos contentava, foi interrompida por um acontecimento trágico. Em uma noite silenciosa, enquanto todos dormiam, um ser invadiu o castelo, que costumava manter suas portas abertas a qualquer indivíduo que se aproximasse à procura de abrigo.

Não foi possível ouvir nenhum ruído, portanto, o resultado só pôde ser visto na fria manhã nublada que chegara. O rei, que costumava acordar durante a madrugada e caminhar até a cozinha para um pequeno banquete, fora encontrado morto no chão do aposento, sem uma única gota de sangue. Espanto e mistério se espalharam por todo o reino, e a população exigia uma punição ao culpado. A mobilização para encontrar o assassino foi grande, mas sem sucesso algum.


A rainha, antes alegre, agora se mostrava depressiva e auto-destrutiva, e todos os seres que lá residiam tornaram-se amargos e infelizes. Uma morte tão brutal significava mais do que perda, era o coração do reino, arrancado do peito por mãos vis e podres.

Agora já não restava mais esperança, e as diferentes espécies que antes conviviam em paz, encontraram motivos antes impensáveis para conflitos. O desequilíbrio era muito evidente, e os que percebiam a ruína do reino cada vez mais próxima, buscaram ajuda em locais distantes, ermos.

Um grupo de caçadores saiu à procura de um ser que pudesse resolver o problema do reino.Ficaram afastados durante 10 meses, e retornaram da jornada na companhia de um menino albino. O garotinho aparentava no máximo seis anos, mas andava com a dignidade de um homem de quarenta anos, decidido. Chegaram, de cabeça erguida, marchando como verdadeiros cavaleiros vitoriosos, de volta ao lar após uma árdua batalha.

Ao entrarem nos limites do reino, tudo estava mudado. A vegetação estava rala, poucos habitantes caminhavam pelas ruas, e nenhum deles sorria. O cenário perdera a cor, estava cinzento e triste, e o garotinho albino se destacava dele, alvo. Caminhou em direção às casas, cujas janelas agora ficavam fechadas, e com a ponta dos dedos tocou as paredes.

(Depois eu continuo)


3 comentários:

Jack disse...

Um Reino perfeito que acaba virando maculado... bem, a idéia podia ser minha... mas a construção do texto é bem diferente... Um dia ainda vou aprender a pontuar e crasear direito... ou não...

Jack disse...

Eu sei, acabei de ve-la.
=P

Anônimo disse...

Seria melhor se, ao invés de albino, ele fosse preto! :oD
Bah, de branco, nessa época aí, tinha demais. Aí me chega um albino na vila, hahahahaha... Vixi!

Puxa... Acho que também vou escrever historinhas. Comecei a pensar em algumas enquanto lia essa.

:o)
Ficou legal. Posta logo o resto!

Beijinhos.
Te amo!
:oD