quarta-feira, 23 de junho de 2010

Coffee

Somente muito café poderia, por poucos momentos, tirar aquelas idéias de sua cabeça. Já não sabia quem era aquela pessoa do outro lado do espelho. Tudo o que sabia era que alguma coisa não estava certa.

Sentia em sua alma que mudar era possível, mas será que faria algum bem? Com certeza alguém se beneficiaria, alguém sempre sai ganhando.

Mas o primeiro passo fora dado, e o vento em seu rosto era extremamente forte, impossibilitando-a de respirar o ar puro daquelas montanhas.

Voava como os pássaros, em liberdade, até que o encontro de sua carne com a mãe terra encerrou a jornada.

2 comentários:

Alberto K. disse...

Olha, que interessante este texto. Achei que ia ter umas viagens de ácido de pessoas voando e tal, e na verdade foi o último ato "intencional" (bom, intencional entre aspas mesmo, dado que suicídio pode ser "forçado" (isso sem entrar no âmbito de escolher por vc mesmo ou ser forçado, à maneira de Sartre))!...

Mas e esse "alguém sempre sai ganhando"?

Jack disse...

Liberto da prisão de tripas